3.7.12

normal é viver em estado de graça

após o meu dia de graça a vida seguiu como de costume...  minha mente gritando ordens e criando conflitos, inclusive ordenando que eu escrevesse aqui, já que há algum tempo não o faço. mas como detesto ser comandada e adquiri o costume salutar de questionar todas as ordens da minha mente, não o fiz. chega a ser cômico os argumentos da minha mente, ela chega até a apelar para o patético e infantil "porque sim", retrucando os meus incansáveis "porquês". o habito da escolha demanda muito esforço voluntário pois a mente sempre nos dá muitas opções de resultado para a mesma ação e, pior de tudo! damos muita importância para o que ela diz.
os dias não foram mais como aquele mas a sensação permaneceu, o que me dá ainda mais poder de escolha, já que existi um dia inteirinho sem a tagarelice dela. e agora posso dizer de um lugar absoluto dentro de mim que "isso não é normal"! com tudo isso algo muito sincrônico aconteceu. aquele sábio amigo meu me disse "o estado de graça é o estado normal do ser" e completa, "foram muitas e muitas vidas, todas ensinando várias maneiras de não se amar, não confiar em si mesmo, de temer o poder do outro e até mesmo seu próprio poder, aprendendo a se fechar. Isso é anormal"!
pois é, continuo sem saber de onde veio aquela sensação e confesso que gostaria muito de descobrir como voltar a ela. por enquanto prefiro pensar que aquilo foi um presente vindo de uma parte maior em mim, da minha porção sábia, apenas para me mostrar que é possível fluir. 
achei sincrônico pois antes de falar sobre o meu dia de graça tive vontade de falar sobre o "normal", sobre as crianças. e isso agora me fez pensar. será que quando crianças vivíamos nesse estado? será tudo isso uma grande volta para chegar a um estado perdido?

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