6.1.15

a nova droga é o amor

anos 70 e então eu nasci novamente ... mas o que eu estava esperando só teve inicio nos idos de 80, em 89 pra ser mais exata. então eu era uma adolescente, pegando o rabo da consciência de paz e amor nos anos 90. nos considerávamos hippies ainda, queríamos viver numa boa.
eu era um hibrido punk-hippie, o que fui compreender mais tarde nos meus 30, que não passava de uma variação do mesmo tema apenas com roupas diferentes. mas as ideias dos dois movimentos me representavam e apesar da discrepante diferença visual, eu transitava muito bem nos dois grupos e validava ainda mais meu amor pelos dois. sentia que minha alma era vista e aceita.
 das escadas para o paraíso do Led, passando pelo brotherly and sisterly love do Bob até as mensagens anti-hipnose de massa do Bad Religion, me foi possivel suportar a densidade dessa época. Uff, era denso! vivíamos num conflito interno generalizado entre uma energia livre e outra totalmente massacrada, mas pudica. minha turma era meu espaço seguro. nele eu preservei tudo aquilo que acreditava ser a parte boa na compra do meu ingresso para esse planeta. sempre haverão aqueles que creem que eu vendi minha alma pro diabo...
mas acontece que lá estava eu nos meus 40, numa dessas festas que ocupam as áreas publicas da cidade. e lá estavam os seres que compunham o cenário de  um verdadeiro mini-woodstock. verdadeiro porque agora somos realmente livres!! livres dos conceitos de gênero, credo, raça e assim por diante.
e por não ser um movimento de nenhuma causa, mas dum direito nato de conviver em paz, não havia repressão. valeu o ingresso! e assim é
e então aos 40, do ladinho da minha casa, honrei a todos! hippies, punks e feministas, todos os meus ancestrais ... por terem preparado o terreno para que eu e todos os seres que vierem depois de mim trouxessem a mais nova droga do planeta, o amor!
como diria Seal nos anos 90 "inject me with your love!"
Oh yeah babe!


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