9.2.15

mal é mal, sombra é sombra.

o barril de petróleo teve uma baixa de mais de 40 porcento e, enquanto nossos amigos norte-americanos riem à toa, pois hoje pagam menos pelo combustível que há dois anos atras, nós sul-americanos rimos das piadas criadas a partir do absurdo de termos que pagar mais por termos sido roubados. roubo que justifica outro roubo não pode virar piada. absurdo é absurdo!
entendo que esse é um velho paradigma que nós brasileiros teremos que mudar.
rir de si mesmo só vale quando nos responsabilizamos por aquilo que reconhecemos. rir de si mesmo tem a nobreza, a força e a graça do palhaço que é consciente da própria sombra. rimos dele, mas também somos profundamente tocados por sua coragem e humildade em nos emprestá-la, pois ele sabe que sua sombra também é a minha, que é tudo aquilo que um dia não foi amado.
bem diferente do riso histérico das piadas criadas a partir do absurdo, que nos servem apenas como distração da dor e infelicidade dos fatos.
há muito vivemos nos informando através de piadas, represando o medo e usando os fatos apenas como algo para ter do que falar.
estamos diante de uma batalha entre o bem e o mal e ela não é privilegio apenas da nossa nação, mas nossa responsabilidade é primeiramente colocar cada coisa no seu lugar. há tempo pra rir e tempo pra se conscientizar.
o absurdo não deve ser evitado, pois nos dá um sentido e nos mostra quando estamos de fato sendo abusados, e isso é do mal.
as forças do mal existem e ficam obvias quando as sentimos. ela não vive na sombra, tem nome e siglas e sua maior arma é o medo. ela é muito bem organizada e até faz o mal em nome do bem quando não a reconhecemos.
para além de Walt Disney, lobo mal com narizinho de coração, é lobo mal!
somos do bem e queremos o bem, mas teremos que lutar para isso. nossas armas são o respeito e o amor pela vida.
 e se é isso o que você sente então vale a pena assumir que o desejo de rir com alegria é o que vive na sombra.
nessa luta não haverá mortos nem feridos. terá inicio quando também nos organizarmos com nomes e siglas e daí então cortaremos a verba que há muito investimos no mal. sem dinheiro, sem poder!
e chegará o dia em que olharemos para trás nos perguntando,
porque demoramos tanto?

Nenhum comentário:

Postar um comentário