21.2.15

alimentação intuitiva

a consciência humana expande numa velocidade tão espantosa que outro dia me peguei pensando, "será o fim da coca-cola". espantoso porque isso seria inimaginável há alguns anos atras.
as crianças desse planeta hoje não consomem nenhum tipo de refrigerantes. não digo todas, mas quantidade suficiente para me fazer imaginar ...
... acontece que a coca-cola é muito mais que um refrigerante, é uma paradigma!
na minha infância os alimentos que consumíamos não levavam a data de validade, nem muito menos a combinação química que os compunha, tão conscientes que éramos. olha que eu nem sou tão antiga assim.
há alguns meses meu corpo físico passou a não tolerar carne animal e apesar da insistência da minha mente e dos meus olhos, esse tipo de alimento não passava da minha boca. não por nenhuma especie de culto aos animais, pois sempre honrei sua existência também como alimento, e honrei-a com prazer... mas dessa vez era diferente. era a sabedoria do meu corpo.
 meu corpo vinha me mostrando que Eu, essa que vos escreve, ficava muito irritada, as vezes até raivosa, densa e com medo, enquanto digerindo certos alimentos. - culpa da minha consciência! consciência vem sempre com um preço meus caros, e invariavelmente é a mudança. mude algo e o Todo muda! - mas respeitando esse novo paradigma imposto pelo meu corpo desperto, percebi que a parada vai muito além. agora atenta ao meu processo digestivo e às emoções relacionadas, percebi que tinha tudo a ver com a maneira que os alimentos são manipulados, os cuidados, o local, meu humor e tudo mais.
sábio que é, o corpo é capaz de nos dizer o alimento adequado para cada ocasião, ou para cada momento da vida. o alimento que carrega em sua composição as substancias que curam, aceleram processos emocionais, encorajam, limpam e nos libertam.
a sabedoria do corpo é a mesma que a da Terra que sempre busca o equilíbrio. para isso basta estar atento. muitas vezes um sorvete no lugar da refeição pode ser para-o-bem-do-Todo. não podemos ser limitados quando se trata do corpo físico. nada em nós deve ser limitado!
 haverá um tempo, e não está muito longe, em que escolheremos todos os alimentos assim, intuitivamente ... e então será o fim das substancias toxicas, das combinações químicas que envenenam essa mágica forma que é o corpo humano. a mais versátil das maquinas um dia criada, aquela que te possibilita fazer tudo aquilo que quiser, sem dor ou sofrimento.
no corpo vivemos as melhores experiencias na Terra.
 e a coca-cola, ah! a coca-cola ... sabida que é, deve estar também se preparando para uma tremenda mudança.
e assim é.







15.2.15

Urso e o menino cego

era uma vez, num tempo tão longe que ninguém se lembra mais, um menino que era cego e que viveu uma de suas melhores experiencias na Terra.
ele vivia num vale muito lindo e tranquilo, um lugar que a Mãe Natureza caprichou ... e tudo que ali existia parecia celebrar e honrar tamanha benevolência. e o garoto se sentia assim, um afortunado.
todos do vilarejo caçoavam do menino quando ele dizia que podia ver. mas o que ele via ninguém mais conseguia, por isso as vezes se entristecia ... e por não ver as mesmas coisas que os outros humanos acabava sempre sozinho... e por isso as vezes, sentia solidão.
um dos seus melhores amigos era um urso enorme, que ele chamava de Urso. 
Urso adorava maças e o garoto adorava jogar maças para o alto e ouvi-lo estraçalhar para depois  agradecer derrubando-o no chão, enchendo-o de baba. era uma amizade e tanto. com o Jaguar Negro e a Águia ele também mantinha uma estreita relação, e todos juntos mantinham uma forte conexão.
 mas  Urso sempre o guiava para o Reino das Fadas. ele assim fazia todas as vezes que o menino se aborrecia com o mundo, que só conseguia entender que um-cego-não-pode-ver!
muitas vezes Urso o levava em seu imenso e aconchegante lombo, assim andavam mais rápido e mais rápido o menino se alegrava. ele adorava sentir seu pelo macio e a pele frouxa balançando enquanto caminhavam. mais ainda, seu coração se aquecia de alegria com aquele amor protetor que Urso tinha por ele. 
então passavam por um pequeno lago onde o menino bebia a água que era parte do ritual para entrar no Reino das Fadas. depois seguiam pelo caminho até que a Grande Fada que cuida do portal lhe aparecesse numa visão, e ela sempre aparecia. ela também lhe dava algo, como se fosse um ingresso e era sempre algo da dimensão das fadas; cristais, pérolas, coisas encantadoras assim. então seguiam pelo caminho até avistarem o portal e quando nele entravam era uma festa!
primeiro uma fada muito amiga do menino tocava sua testa e seu coração e depois soprava seu rosto e pronto, ele enxergava tudinho! via a cachoeira que corria para o alto da montanha, sim era ao contrario! um vale lindo onde muitas fadas e elfos voavam fazendo sons.
para o menino a paisagem não era nada diferente do Reino dos Humanos. para ele o que era mesmo diferente era que todos viviam em perfeita harmonia e cooperação. todas as especies! todos o amavam e recebiam como se o conhecessem de muitas vidas. como se conhecessem sua alma.
Urso se esbaldava no mel que as fadas lhe davam e das coceguinhas esvoaçantes que faziam, pois elas também adoravam tocar aquele pelo macio.
mas o que o menino gostava mesmo era da floresta. para isso bebia mais um pouco da água do lago e depois corria com sua amiga fada pelo campo florido até chegar na floresta.
lá ele se encontrava com a Divina Mãe Carvalho e ela sempre o recebia dizendo "oh, pequeno menino!" e logo ele se debruçava em suas imensas raízes e com ela passava muito tempo das fadas ouvindo sobre a humanidade, pois ela existe na Terra há muito, muito tempo de relógio, tanto tempo que ninguém se lembra mais.
e assim foi a existência do menino cego que tentou compartilhar todo amor que havia em seu coração com aqueles que não podiam sentir.

9.2.15

mal é mal, sombra é sombra.

o barril de petróleo teve uma baixa de mais de 40 porcento e, enquanto nossos amigos norte-americanos riem à toa, pois hoje pagam menos pelo combustível que há dois anos atras, nós sul-americanos rimos das piadas criadas a partir do absurdo de termos que pagar mais por termos sido roubados. roubo que justifica outro roubo não pode virar piada. absurdo é absurdo!
entendo que esse é um velho paradigma que nós brasileiros teremos que mudar.
rir de si mesmo só vale quando nos responsabilizamos por aquilo que reconhecemos. rir de si mesmo tem a nobreza, a força e a graça do palhaço que é consciente da própria sombra. rimos dele, mas também somos profundamente tocados por sua coragem e humildade em nos emprestá-la, pois ele sabe que sua sombra também é a minha, que é tudo aquilo que um dia não foi amado.
bem diferente do riso histérico das piadas criadas a partir do absurdo, que nos servem apenas como distração da dor e infelicidade dos fatos.
há muito vivemos nos informando através de piadas, represando o medo e usando os fatos apenas como algo para ter do que falar.
estamos diante de uma batalha entre o bem e o mal e ela não é privilegio apenas da nossa nação, mas nossa responsabilidade é primeiramente colocar cada coisa no seu lugar. há tempo pra rir e tempo pra se conscientizar.
o absurdo não deve ser evitado, pois nos dá um sentido e nos mostra quando estamos de fato sendo abusados, e isso é do mal.
as forças do mal existem e ficam obvias quando as sentimos. ela não vive na sombra, tem nome e siglas e sua maior arma é o medo. ela é muito bem organizada e até faz o mal em nome do bem quando não a reconhecemos.
para além de Walt Disney, lobo mal com narizinho de coração, é lobo mal!
somos do bem e queremos o bem, mas teremos que lutar para isso. nossas armas são o respeito e o amor pela vida.
 e se é isso o que você sente então vale a pena assumir que o desejo de rir com alegria é o que vive na sombra.
nessa luta não haverá mortos nem feridos. terá inicio quando também nos organizarmos com nomes e siglas e daí então cortaremos a verba que há muito investimos no mal. sem dinheiro, sem poder!
e chegará o dia em que olharemos para trás nos perguntando,
porque demoramos tanto?