10.1.16

o elemento perdido

essa é uma historia chamada O Elemento Perdido. uma alegoria, uma metáfora ... pode parecer real enquanto leem, mas é apenas uma historia...

num outro planeta, num outro momento ...
...vou contar-lhes sobre uma grande civilização muito parecida com a sua. eram humanos como vocês,  também tinham muitos idiomas, eram bem desenvolvidos e tinham uma grande historia. eram como vocês exceto por uma coisa, nenhum dos seres humanos tinham olhos. não tinham visão. simplesmente era assim. eles nunca tiveram olhos e por causa disso não tinham consciência de que não enxergavam. de fato não se sabe aquilo que não se sabe. não sentiam pena de si mesmos por não terem visão. nunca tiveram. não sabiam como era. não sabiam sobre a luz. não sabiam que estavam perdendo algo. viviam muito bem.
eles faziam tudo o que vocês fazem. desenvolveram maravilhosamente o olfato e a audição, podiam sentir onde as pessoas estavam e o que faziam e isso os conferia certos atributos interessantes. por não terem visão eles não tinham percepção de longa distancia, não podiam ver do outro lado da sala ou do outro lado da rua. não podiam ver a beleza que existe lá, mas tinham tantos outros sentidos para compensar...
eles tinham uma realidade própria, mas sem visão não podiam ver uns aos outros, portanto, seu instinto de sobrevivência era mais forte.  é difícil confiar nas pessoas quando não as pode ver, quando apenas as ouve ou sente. por isso naquelas sociedades eles se cercavam daqueles em quem confiavam, frequentemente a família. cuidadosamente isolavam-se construindo muros e os faziam muito bem. construíam casas e mesmo sem a visão faziam muito bem. a sobrevivência dizia que eles deveriam se isolar...
sem visão é difícil arranjar comida, seja para cultivar ou caçar é muito mais difícil. então eles competiam por esses recursos, coisas que para vocês são garantidas, como água fresca, é difícil de conseguir se não podes ver, apenas sentir.
eles iam bem, mas era limitado. não sabiam para onde os rios seguiam, pois não conseguiam ver. então quando encontravam um rio, construíam sua cidade e usavam-no até que secasse.
não fazia sentido o que estava além e também não precisavam, pois sobreviviam e nisso eram bons! conforme foram crescendo e competindo, algo a mais surgiu, algo disfuncional. a guerra. mesmo sem olhos eles tinham politica. não funcionava muito bem, mas era o suficiente. eles não podiam confiar em alguém que não podiam ver, mas podiam sentir. haviam também aqueles que conseguiam criar um falso sentido e daí a desconfiança aumentava. mas faziam o melhor...
todas as coisas que vocês fazem eles podiam fazer, mas continuavam cercando-se e competindo por recursos em grupos pequenos . assim eram as sociedades deles...
de vez em quando algo estranho acontecia. algum ser humano nascia com uma estranha diferença. tinha olhos. para eles isso era esquisito, incomodo. o humano que tinha olhos deveria esconder o fato simplesmente porque era estranho demais. se o descobrissem o isolariam. "ela é muito estranha! pode perceber coisas à distancia. de alguma maneira ela sabe o que existe do outro lado da rua e até em outra montanha. ela é extrassensorial! é além do normal! é assustador,  dizem que é coisa do diabo! olhos..."
esses humanos não viviam muito, eram perseguidos. esquisitos demais!
enquanto isso a vida seguia naquela sociedade que não se vitimizava por não ter olhos. eles nunca tiveram, estava tudo bem com tudo.
então surge a alta tecnologia que os poderia ajudar a saber o que tem do outro lado da rua. " isso é bom!"  usavam a tecnologia e até a comunicação aumentou ...  de vez em quando alguém estranho surgia novamente. na verdade surgiam cada vez mais estranhos. "você deve ter cuidado com os estranhos, pois eles podem fazer coisas que você não pode. tenha cuidado com eles! eles são melhores que você. você atira algo na direção deles e de alguma maneira eles sabem que está vindo e dão um passo pro lado. isso é simplesmente assustador!  tem que ter cuidado com eles, não se aproxime daqueles que tem olhos!"
mas daí algo começou acontecer nesse planeta e cada vez mais crianças nasciam com visão. tudo começou a mudar!  geração após geração. eles começaram a perceber que era um tipo de percepção sensorial, que era fantástico poder perceber as coisas a distancia. e aqueles que tinham esse sentido começaram a falar de coisas tal como cores, uma palavra que não existia para eles, era novo! decidiram então ficar com aquelas pessoas que podiam ver e tornou-se cada vez menos e menos estranho. logo eles cresciam, tornavam-se jovens adultos e tinham seus próprios filhos, também com olhos.
eventualmente algo incrível acontecia, eles viam uns aos outros. eles nunca puderam se ver! um planeta deslumbrante se abriu com a visão. então uma das coisas mais incríveis aconteceu. quando eles puderam ver uns aos outros, deixaram de brigar, pois podiam ver a expressão. podiam amar facilmente. quando se pode ver uma pessoa, pode-se ver que ele é igualzinho a você. não há mistério, não tem que cheirar. pode-se olhar dentro dos olhos.
então deixaram de cercar-se com muros, não se isolavam mais. deixaram de competir por recursos porque podiam compartilha-los. desenvolveram sistemas porque podiam ver e pararam de guerrear. a visão mudou tudo!
essa é a historia de um lindo planeta que não existe. ou existe?

meus queridos esse é o seu planeta e não tem a ver com olhos, mas com uma habilidade extrassensorial chamada compaixão.

por Kryon através de Lee Carroll
transcrito com amor por mim

http://audio.kryon.com/en/Lisboa-15-main.mp3

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